quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Mais cedo e mais tarde

Se você adora viver, não se priva de sentimentos. Se você é daquelas que se joga de corpo e alma em algum relacionamento, mais cedo ou mais tarde vai ter seu coração partido em milhares de pedacinhos. No meu caso, mais cedo e mais tarde. No caso de muita gente que eu conheço, nunca, jamais.
Sim, é possível viver sem que ninguém nunca te decepcione ou te machuque. Basta se preservar o tempo todo. Não deixar ninguém se aproximar muito, não demonstrar muito o quanto quer algo ou alguém, não viver muito. Pronto. Você vai ser aquele tipo que todo mundo comenta: Impressionante. Fulano tá sempre bem.
Agora a pergunta: em nome de que? Qual é a necessidade de viver se preservando, sem pagar para ver, sem viver coisas que não estavam no script? Sem ter o gostinho de fazer o que realmente quis fazer naquela hora?
Isso não é um manifesto pela dor-de-cotovelo e pela fossa. O-dei-o. É só uma maneira simples de ver as coisas quando você já passou por elas.
Antes viver uma grande decepção do que não viver nada. Mil vezes administar uma cara quebrada do que viver com o rostinho bonito intacto, imaginando como seria algo que você nunca moveu um músculo para ver acontecer.
E depois de se aventurar e viver algumas novelas mexicanas, acontece um fenômeno muito bacana. O coração se parte como um prato . Em milhares de pedacinhos sem ponta. É assustador, você fica catando os caquinhos por um tempo, mas sabe que eles não vão se unir se for só você tentando consertar. Ele só vai se unir novamente quando outra pessoa vier colar seu coração. E essa pessoa vai chegar, não precisa pressa. Nesse caso também, mais cedo e mais tarde ele vai chegar!

Este post foi realmente para Amanda Lourenço, minha melhor amiga! :}
[m.h.]

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